É no silêncio do quarto, que procuro por ti. As paredes estão imundas do teu cheiro e os meus ossos gelaram. Os cobertores já não me aquecem e a tua voz, pouco rouca, já não me embala. Perdi-me num cheiro a tinta nauseabundo. Perdi-me num chão de mármore que dói, que é frio só de olhar.
Os meus pés fogem - as minhas mãos ficam estagnadas no tempo, como se pedissem o teu auxilio Já não sou um anel de rubi - já não sou a promessa eterna. Nada mais te sei dizer - não agora, que já não te cheiro, que já não te oiço. Não agora, que já não te sinto.
Comentários