É no silêncio do quarto, que procuro por ti. As paredes estão imundas do teu cheiro e os meus ossos gelaram. Os cobertores já não me aquecem e a tua voz, pouco rouca, já não me embala. Perdi-me num cheiro a tinta nauseabundo. Perdi-me num chão de mármore que dói, que é frio só de olhar. 
Os meus pés fogem - as minhas mãos ficam estagnadas no tempo, como se pedissem o teu auxilio Já não sou um anel de rubi - já não sou a promessa eterna. Nada mais te sei dizer - não agora, que já não te cheiro, que já não te oiço. Não agora, que já não te sinto.

Comentários

Alexandre. disse…
outrora, procurei, também, alguém, pelas paredes do meu quarto..

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