Tem passado muito tempo; o sorriso perdeu-se no espaço, e o calor da época acaba por aquecer os corações – embora que seja momentâneo; embora seja falso.
Tenho-me dedicado a esta vida medíocre de quem ama – de quem se entrega. Caracterizada por todos os adjectivos pequenos que possam existir – pequenos não, ridículos. Dedicar a vida a amar – com a alma (será que a minha alma, ama?)
Não sei se sentes as minhas mãos, quando gelam por seres tu – não sei se tens sentido as palavras que te dou – parto de bolsos vazios, de cabeça erguida, e com olhos que brilham; é assim a cada tarde, onde apenas os carros nos separam por breves instantes (alguma vez reparaste na cor deles, na cor dos carros que passam? Eu não – anseio chegar ao outro lado – o teu lado. Anseio dizer-te um bom dia de novo, a cada manhã, a cada anoitecer.)
É com uma orquestra de fundo, que te escrevo, por te representar, essa dimensão, a sensação de estar completa – de que não falta nada aqui; como numa orquestra – tudo se ouve! Tudo se sente – tudo se sente.
Vou repetir palavras, estas palavras, a mil corações mais, caso não me agarres com força (posso implorar, para que me agarres com força?) Vou repetir estas palavras ao vento, sempre que a terra se fizer parecer minha; sempre que for rainha da Natureza. Direi ao mundo – as cores que me pertencem, até alguém me abraçar. Até ser Rainha de alguém – agarra-me, enquanto não fujo. Os pés descalços anseiam correr a terra batida, em busca do amor incondicional.
Agarra-me, enquanto não me junto à mãe-terra, e voo, com um bando de aves livres – vou repetir estas palavras – até alguém as amar (até alguém me amar), porque amanhã, a época já não me aquece o coração, e tenho medo de gelar, sem saber que algum dia, viveste o que te dei. Viveste o que te disse.
Agarra-me, antes que a tempestade me leve.
Tenho-me dedicado a esta vida medíocre de quem ama – de quem se entrega. Caracterizada por todos os adjectivos pequenos que possam existir – pequenos não, ridículos. Dedicar a vida a amar – com a alma (será que a minha alma, ama?)
Não sei se sentes as minhas mãos, quando gelam por seres tu – não sei se tens sentido as palavras que te dou – parto de bolsos vazios, de cabeça erguida, e com olhos que brilham; é assim a cada tarde, onde apenas os carros nos separam por breves instantes (alguma vez reparaste na cor deles, na cor dos carros que passam? Eu não – anseio chegar ao outro lado – o teu lado. Anseio dizer-te um bom dia de novo, a cada manhã, a cada anoitecer.)
É com uma orquestra de fundo, que te escrevo, por te representar, essa dimensão, a sensação de estar completa – de que não falta nada aqui; como numa orquestra – tudo se ouve! Tudo se sente – tudo se sente.
Vou repetir palavras, estas palavras, a mil corações mais, caso não me agarres com força (posso implorar, para que me agarres com força?) Vou repetir estas palavras ao vento, sempre que a terra se fizer parecer minha; sempre que for rainha da Natureza. Direi ao mundo – as cores que me pertencem, até alguém me abraçar. Até ser Rainha de alguém – agarra-me, enquanto não fujo. Os pés descalços anseiam correr a terra batida, em busca do amor incondicional.
Agarra-me, enquanto não me junto à mãe-terra, e voo, com um bando de aves livres – vou repetir estas palavras – até alguém as amar (até alguém me amar), porque amanhã, a época já não me aquece o coração, e tenho medo de gelar, sem saber que algum dia, viveste o que te dei. Viveste o que te disse.
Agarra-me, antes que a tempestade me leve.
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