Sentes a minha voz poética calada?



Isto era tão hipotético, deixar o corpo não te temer; já ninguém te teme. Tenho falado continuamente de ti, enquanto sujeito protagonista de uma das mais belas prosas que escrevi - quem dança na Lua, ainda hoje?
Tenho todas as certezas de que o mar hoje dormirá calmo – só porque num sítio qualquer, alguém sonhou com ele. Só porque num sítio qualquer, foi banda sonora do amor; um amor extremo; é aqui que se dança na Lua, quando os pés tocam na água fria que te banha?
 As minhas palavras serão as tuas – antecipadas. A minha melodia será a tua – atrasada, toda ela – instruído. Por seres tão instruído.
Não desvendas os segredos nem tires as fendas dos meus olhos; podes calar-me apenas. Podes calar-me de todas as vezes que o céu permitir. De todas as vezes que caírem pedaços dele, numa praia fria, num Inverno gelado – teu. Só teu.
Dançarei hoje contigo, uma melodia sagrada – numa praia gelada; Dançarei hoje contigo, o teu corpo. O meu corpo. É aqui que se atinge a Lua. É aqui que me desvendas os segredos, e tiras as fendas dos meus olhos – protagonista de uma história de amor. Não sei se breve. Não sei se não. A minha mão vai ser sempre do tamanho da tua. 

Comentários

Janis disse…
Acho que já tinha lido este. Divino, as always. Lucky you, por teres este jeito para escrever.
Um beijinho

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