É bonito quando existe a eterna (ou que pelo menos, parece eterna) vontade de fazer tudo - como que se o tempo não chegasse, a vida fosse terminar já.
É amor - se não é amor, é algo assim. Pelo menos destrói barrigas quietas, e enche peitos, que ficaram por preencher. Na verdade, não importa o que é, importa é que o tempo é curto para o viver: e tem que ser já.
Os segundos são disciplinados e estudados com toda a antecedência possível, para que nenhum fique por aproveitar; para que nada seja em vão.
As mãos eventualmente ficam cansadas, o trabalho é muito; dar de nós - dar de nós cansa, mas é tão bonito. Quem me dera dar de mim, todos os dias, durante toda a vida. Quem me dera existir alguém, a quem eu pudesse dar de mim, por inteira. A quem eu pudesse fazer doces coloridos - como me tem apetecido fazer. Alguém que estivesse: só porque sim, só porque eu basto.
Ambos sabemos que, tudo é passageiro, que todos estes sentimentos são contínuos, que vêm e vão, não ficam (eu acho que não ficam, embora eu queira que..) mas que nos dão sempre a certeza da eternidade. Essa certeza que em momentos de sobriedade, de solidão, é impensável: a eternidade é impensável.
Gosto desta estabilidade, gosto desta vontade de partilhar - de partilhar(me) e de partilhar o que me deixa tão feliz; gosto da possibilidade de escrever sobre coisas bonitas, com cores - tudo tem tido tanta cor, tanta luz. Tudo tem sido tão quente.
Foi assim ontem, quando surgiu a vontade de cozinhar, de fazer panquecas coloridas - porque só panquecas não seria suficiente. É assim, sempre que penso que posso dar de mim. Procuro coisas pequenas, daquelas que enchem, que crescem, quando nos são tiradas - quando chegam ao colo, suposto.
Vou aguardar feliz, enquanto as mãos não se cansam; enquanto o coração acredita na possibilidade de uma verdadeira estabilidade. Enquanto isso, disciplino os segundos; pelos sorrisos que te dou - pelo tempo que me quero partilhar contigo, com cores, com um quente bonito.
É sempre bom, enquanto existe esta oportunidade: a de nos partilharmos; a de sermos inteiros e agradarmos.
É amor - se não é amor, é algo assim. Pelo menos destrói barrigas quietas, e enche peitos, que ficaram por preencher. Na verdade, não importa o que é, importa é que o tempo é curto para o viver: e tem que ser já.
Os segundos são disciplinados e estudados com toda a antecedência possível, para que nenhum fique por aproveitar; para que nada seja em vão.
As mãos eventualmente ficam cansadas, o trabalho é muito; dar de nós - dar de nós cansa, mas é tão bonito. Quem me dera dar de mim, todos os dias, durante toda a vida. Quem me dera existir alguém, a quem eu pudesse dar de mim, por inteira. A quem eu pudesse fazer doces coloridos - como me tem apetecido fazer. Alguém que estivesse: só porque sim, só porque eu basto.
Ambos sabemos que, tudo é passageiro, que todos estes sentimentos são contínuos, que vêm e vão, não ficam (eu acho que não ficam, embora eu queira que..) mas que nos dão sempre a certeza da eternidade. Essa certeza que em momentos de sobriedade, de solidão, é impensável: a eternidade é impensável.
Gosto desta estabilidade, gosto desta vontade de partilhar - de partilhar(me) e de partilhar o que me deixa tão feliz; gosto da possibilidade de escrever sobre coisas bonitas, com cores - tudo tem tido tanta cor, tanta luz. Tudo tem sido tão quente.
Foi assim ontem, quando surgiu a vontade de cozinhar, de fazer panquecas coloridas - porque só panquecas não seria suficiente. É assim, sempre que penso que posso dar de mim. Procuro coisas pequenas, daquelas que enchem, que crescem, quando nos são tiradas - quando chegam ao colo, suposto.
Vou aguardar feliz, enquanto as mãos não se cansam; enquanto o coração acredita na possibilidade de uma verdadeira estabilidade. Enquanto isso, disciplino os segundos; pelos sorrisos que te dou - pelo tempo que me quero partilhar contigo, com cores, com um quente bonito.
É sempre bom, enquanto existe esta oportunidade: a de nos partilharmos; a de sermos inteiros e agradarmos.

Comentários
E pior que as coisas eternas, são as coisas estáveis e eternas. Já pensaste no quanto a tua vida seria comum, se fosse estável? Tem que haver alguma coisa que, para além de te dar vontade de cozinhar panquecas coloridas, te dê vontade de escrever. O que escreves é eterno e nunca vem da estabilidade. Pensa nisso.
No entanto sim, compreendi as tuas palavras.