Hoje foi um daqueles dias em que o peito nos obriga a escrever. Depois de tantas paisagens bonitas, depois de tanto Sol na alma. 
Hoje foi um daqueles dias que esperamos que não acabe, naquele momento certo - esperamos que não acabe; eventualmente o ar vai e a monotonia regressa como sufoco - mas hoje não; só mais tarde. 


Lisboa estava cheia - cheia de pessoas, cheia de mãos que amam e cheia de Sol. O cheiro era bom - o bolo de chocolate em Belém foi bom; o calor dentro do coração - aquecia-me a voz, podia cantar ali - ou em vez disso, permanecer quieta, a saborear um dos poucos dias em que queria estar lá fora. Em que a casa não queria protagonizar uma Sexta-Feira. 


Um verde e um jardim, onde a poesia de podia fazer; e a marca de ser o inicio da exposição de Fernando Pessoa. Um anseio enorme, que me arrepia a pele, que me enfraquece os músculos. Ir lá - tocar numa poesia - como aquela relva verde; ser poética e ser inteira assim: de verdade.




Se não fosse a constante sensação de vazio, que me acompanha como se sombra fosse, estes últimos dias, teria possivelmente, um dos dias mais bonitos da minha vida. Pela sua calma; a sua simplicidade; e pela quantidade de luz e vontade que transportei no peito. 

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