Hoje foi um daqueles dias que esperamos que não acabe, naquele momento certo - esperamos que não acabe; eventualmente o ar vai e a monotonia regressa como sufoco - mas hoje não; só mais tarde.
Lisboa estava cheia - cheia de pessoas, cheia de mãos que amam e cheia de Sol. O cheiro era bom - o bolo de chocolate em Belém foi bom; o calor dentro do coração - aquecia-me a voz, podia cantar ali - ou em vez disso, permanecer quieta, a saborear um dos poucos dias em que queria estar lá fora. Em que a casa não queria protagonizar uma Sexta-Feira.
Se não fosse a constante sensação de vazio, que me acompanha como se sombra fosse, estes últimos dias, teria possivelmente, um dos dias mais bonitos da minha vida. Pela sua calma; a sua simplicidade; e pela quantidade de luz e vontade que transportei no peito.
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