23.Junho.2012

A intolerância - a ignorância, por vezes põe-me em situações de dúvida constantes e inquietantes. Entretanto respiro fundo; lembro-me do que é bom.

Tenho tido assim uns dias muito bonitos. Cheios de coisas (que não são apenas coisas), a preencherem-me. Tenho feito por mim mas sobretudo pelos outros. Tenho andando por ai a proclamar coisas e a defender coisas que são minhas - e que considero merecedoras de uma defesa.

Participei na Marcha LGBT. Para começar. A primeira vez que participei na mesma era pequena, tinha talvez uns 12 anos, ou 13. A magia. O acreditar. (A ingenuidade deles - a ignorância dos outros). Acho sempre bonito poder estar num sítio cuja função é defender o amor. Independentemente se essa não é a ação principal de todos, mas é de maior parte. E é a minha.
Levei o meu namorado (uma conquista) ele não queria ir. Acho que ele não sabia que as coisas podiam ser bonitas. Que as coisas seriam realmente bonitas. Depois também ele teve cartazes, e inspirou hélio. Disse coisas que soavam todas de uma forma engraçada, num ambiente bonito. De cor. De luz.


                            (MARCHA LGBT - 2012) 

Depois segui para o Castelo de S.Jorge. Seguimos, aliás. Em busca de fados e de Jazz. Uma noite que viria a ser bonita e com um cenário da minha cor favorita - lilás. Camané e Mário Laginha. Um presente para o meu amor que tanto gosta de Jazz. Um cansaço extremo da minha parte, mas ainda com um orgulho enorme na possibilidade de estar. (Devíamos agradecer mais vezes, a possibilidade de estarmos.)


"Meu amor, dá-me os teus lábios!
Dá-me os lábios desse rio
Que nasceu na minha sede!
Mas o sonho continua…
E a minha boca (até quando?)
Ao separar-se da tua
Vai repetindo e lembrando
"- Sei de um rio…
Sei de um rio…"

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