desequilíbrio

Não gosto da sensação constante da inexistência de Norte. Ou do desequilíbrio. Na verdade acho que são imensas as coisas que poderia colocar na lista do que não gosto;
Sou - como se uma formiga fosse a lutar pelo Inverno rigoroso que se prevê. A ideia de que existe a necessidade de se estar e se ser por inteiro. Como que se não pudessem existir falhas ou sequer a possibilidade do descanso.
Sinto uma voz constante que me ordena (explicitamente), ordena o que devo fazer. O conceito de "vida", qualquer coisa pré-encomendada, pré-concebida. Corresponder; corresponder a uma constante (chata e aborrecida) não falhar; ser completa - ser perfeita. Respeitar (só porque sim).

Não quero ser uma velha cansada; apetece-me viver. Molhar a relva só para a cheirar a seguir. Quebrar.
Corresponder(me);
Estou cansada (e nem velha sou) de lutar para quebrar paradigmas; Estou estupidamente cansada de ter que fingir. Só porque sim. Só porque fica bem.

Estou cansada; de viver algo que não me é totalmente dado.
Só porque os outros querem. Só porque (lhes) fica bem.



Comentários

Alexandre. disse…
é assim que se aprende, é assim que se cresce e se evolui! :)
8 de dezembro de 2012 às 14:23
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