rage more


É tão simples como acender uma vela; a magia.

Tenho saudades do quente embora me sinta atormentada pelo calor que não foi meu;  o gesto de me debruçar sobre o rio que me molhava os pés a cada verão. Ver-te como possível e eterna. A eterna presença. Dói saber que me fugiu entre os dedos, com a maior suavidade possível, a tua pele. Agora somos pedaços de nada; poesias em silêncio e contos separados, que nunca se poderão juntar – o eterno segredo; as paixões secretas e os primeiros amores destapados e descobertos.
Agora preciso de ir; tu conheces-me e sabes que simplesmente nunca poderei ficar. As naturezas de cada um levam-nos a correr ou a ficar. A minha corre e cansa-me; mas é minha e terei sempre de correr atrás dela.

Rainha – rainha de um reino despedaçado e trágico – tragédias constantes que tornam a eternidade possível; tragédias. Minha rainha.

(acende sempre uma vela por mim) estarei num sítio qualquer a decorar-te e a encher-me. Acabarei por morrer por ai, anónima, despida, selvagem – selvagem. Acabarei por ter o que procuro – tudo (nada).
(acende sempre um incenso por mim) serei sempre um cheiro a fuga; uma natureza rebelde e incompreendida. Um tudo – um nada. Serei sempre poesias caladas; poetizas despidas; serei sempre um primeiro amor de alguém (mas nunca, o meu próprio amor)

Um espirito de um falcão. 

"- Porque é que gostas tanto de Lost and Delirious?"
I rush into the secret house.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

sobriedade.

Women's Strike (Again!)

ENG EqualiTea - Brazil Agaisnt Bozo (small cut)