«What you runnin for?
What you keep on hidin forever?
The night goes on, we’re dreaming
I close my eyes and that’s forever»








A minha cidade estava escura; a ideia era ter luz hoje – luz natural, em vez disso só havia o amarelo tipicamente lisboeta. Aquele amarelo gasto das ruas velhas que compõe a misticidade da capital; (a que não é a tua, porque não gostas).
Trouxe-te desde longe até aqui. Até hoje. Pensei em como te queria levar aos sítios que desconheces; que te fariam apaixonar pelo meu berço – enquanto eu me apaixonava por ti.

Tropecei em ti na calçada; tropeçava em ti nas montras bonitas e no café com mesas de costura e velas. Palavras caladas que ficam perdidas nos sítios poéticos; silêncios cheios de suspiros e sorrisos. Silêncios cheios de ti – ecos de sombras na cidade da confusão. Tudos – nadas. O costume. Não tenho pressa e tenho – paradoxos. Sei que as palavras que me têm enchido o peito não são ainda nada ao lado dos teu olhos; ou das tuas mãos.
Nunca tinha reparado que existia a possibilidade de outros caminhos a partir do centro da cidade; nunca tinha reparado que existiam caminhos a partir do meu próprio centro.

Reparei e sorri. Registei o momento para uma posterioridade; e porque queria que soubesses que te quis registar. Que existem pedaços do teu lugar agora, no meu também lugar agora. Elos; essas coisas. Ligações – coincidências bonitas. Uma placa que me direccionava para ti, como se fosse: estás perto; e estás realmente perto

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