Como os motivos que me fazem sentir inspirada para despejar
esta poesia em forma de secreções, nunca são bons - pus uma música feliz. Expectante
que desta forma as palavras sairão com uma delicadeza notável e te cumprimentem
de uma forma suave. Más noticias se avistam – mas, calma.
Tenho reparado no quão meço esta minha forma violenta de me
expressar; tenho reparado que me tento mudar – a eterna procura pela paz de espírito que creio não fazeres ideia do que significa.
Preferia escrever-te um mini recado num pedaço de folha e
deixar-to como companhia de cabeceira. Palavras breves como: não sejas ridícula. Em vez disso prefiro
prolongar-me – expectante ainda de que a minha violenta vontade de te cuspir
palavras se torne algo mais calmo.
Parece que actuas num palco em que tentas protagonizar o
momento – as luzes; o momento que te é entregue – os vestidos; o desleixo
acentuado nas olheiras e no cabelo. Queres brilhar – todos queremos brilhar,
eternamente.
Quem te alimenta a vontade não simboliza nada e assim –
nesses sapatos – espezinhas os outros. Espezinhas (nhos). – mas esse desleixo físico nem sequer te fica bem (perdão) nem sequer te favorece.
Massacrante é a constante sensação de que só te arranjas
para o teu ego – um ego horrendo; um quase-ego.
Lamento a tua procura da felicidade em jóias, quase-amor, diamantes e palcos que nunca serão
teus.
pobre serás,
.
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