Escarras poéticas.
Instâncias e instantes do que és. Levas as mãos à cabeça como prese. Oração ao Deus em que nem sequer acreditas - Chegou a hora. - Dizes, entre silabas mal prenunciadas, num sopro abafado. Afogaste nos para sempre e sucumbes, por não saberes mais - não quereres mais.
A redondez que te engole vivo e a pequenez que te ameaça neste Universo eterno - infinito, incontável.
Pisaste e ris - macabramente - quase sempre,(quase... quase....) Autodestruição precoce sem haver espaço para tentativas falhadas de se ser por inteiro. Coisas escritas nessa pele pesarosa, nessa pele que precisa de alguém, na cama fria, onde morres lentamente. Queimaste em palavras que são eternas - como o Universo - Infinitas e incontáveis.
Engoles essas espadas afiadas, oferecidas por outros. Não dói; já nem te dói. És as escarras de sangue, coladas nos sapatos dos que correm por uma vida melhor. Os outros. Os das facas.
A redondez que te engole vivo e a pequenez que te ameaça neste Universo eterno - infinito, incontável.
Pisaste e ris - macabramente - quase sempre,(quase... quase....) Autodestruição precoce sem haver espaço para tentativas falhadas de se ser por inteiro. Coisas escritas nessa pele pesarosa, nessa pele que precisa de alguém, na cama fria, onde morres lentamente. Queimaste em palavras que são eternas - como o Universo - Infinitas e incontáveis.
Engoles essas espadas afiadas, oferecidas por outros. Não dói; já nem te dói. És as escarras de sangue, coladas nos sapatos dos que correm por uma vida melhor. Os outros. Os das facas.
Quando te vês ao espelho, és rasgões no peito -falta de ar - de amores enfermos que achaste amar. Vícios tétricos pela necessidade de outro, de um terceiro. Já nem te chegas. Nunca chegaste.
Palavras queimadas de conflitos, momentos. Feridas que não cicatrizam - ninguém ouve as preses. (ri-me) Ajoelhaste no banho que achas merecer, com uma água que mais parece o Inferno. Um vapor que não te deixa respirar. Levas as mãos à cabeça. Ora oras, ora morres, ora oras.
Não existe Deus. Não existe um Deus. Nem um pedaço de fé - oh salvação!
Não existes tu, além das escassas lembranças de quase-amor. Continuamente uma escarra poética de amores doentes que te levaram a calma, o espírito, a alma. Agora, levam-te o corpo.
Não és eterno; e já não importa o Universo.
Que se lixe o Universo.
Palavras queimadas de conflitos, momentos. Feridas que não cicatrizam - ninguém ouve as preses. (ri-me) Ajoelhaste no banho que achas merecer, com uma água que mais parece o Inferno. Um vapor que não te deixa respirar. Levas as mãos à cabeça. Ora oras, ora morres, ora oras.
Não existe Deus. Não existe um Deus. Nem um pedaço de fé - oh salvação!
Não existes tu, além das escassas lembranças de quase-amor. Continuamente uma escarra poética de amores doentes que te levaram a calma, o espírito, a alma. Agora, levam-te o corpo.
Não és eterno; e já não importa o Universo.
Que se lixe o Universo.
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