Consigo ouvir o teu eco. Despes as roupas sujas que outrora, eram o teu melhor adorno. A luz ergue-se e ilumina-te; como asas que se descolam de ti e te levam um bocado da pele. Sobrevoam-te – sós. Assim o anjo que és cai; -

Ilumino-te eu o topo da cabeça, com um sopro – dos teus seios brotam flores, que se expandem, que se alteiam. Os teus seios são mel – outra vez, fel. A sede e a fome da falta de seres que te carreguem; da intemperança de culpa - (dou-te a mão.) Limpo as lágrimas com um beijo, enquanto provo o teu sal – resto de paixões que te rasgaram a pele, que te abscindiram as asas. Sinto-te depois, enquanto pecado – enquanto pecante – (dou-te as minhas asas.) Preencho-te as costas com falta de marcas de guerra, com falta de quem lhes toque sem querer nada além disso – de ti; Arrepiamo-nos. De dentro de ti – de mim, dentro de ti; oiço-te, num final imaginado com uma violência visível. Como se sobrevivesses apenas por existirmos num todo.

Deixo-te ir; voas e voas(me);  Consigo (ainda) ouvir o teu eco – depois de mim, dentro de ti. 

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