Já me senti assim antes;

Quando as mãos tremiam e o resto do corpo era arrastado – como obrigação; apetece-me o cheiro a incesso e um mantra qualquer (derivado) de ter preenchido mais um pouco o meu corpo e deixado para trás mais um pouco do resto – (in)completa – tão mas tão preenchida. Telas expressadas em pedaços de mim; que não são nada – não eram nada. Músicas cantadas ou poesia recitada – ser tudo; não ser nada, na minha pele – tão linda.

Reconstruir-me depois de pensada construída por quem achou por bem dar-me a vida – dar-me à vida. Entretanto as armas são outras; as quedas. As incontáveis quedas – e as incontáveis vezes que me levantei e me reconstrui mais um pouco, sempre mais. Ambiguidades na hora de se decidir quem é – qual dos espelhos é o correcto, qual dos reflexos age em conformidade com o espirito – a reconstrução interior de órgãos que apodrecem com tanta poluição; com tanta falta de amor nas ruas – só nas paredes, por mãos marginais; mais nada.

Depois é isto que somos – quadros pintados por mãos devotas. Poesia; música; homenagens – inconformidade. Corpos bonitos que falam mais do que a boca – corpos cheios de mais; que não se perderam nas incontornáveis esquinas onde as frases escritas nas paredes prevalecem como um final feliz – não chega; quando podemos ter em nós essas referências, quando podemos ser nós esse mesmo final feliz. Quadros dignos de museus – museus dignos de serem abraçados.


(Tanto amor. O outro amor; não o óbvio – o outro)

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