MARCHA LGBT 2013


Marcha LGBT - 2013

Existem imagens que valem mais que mil palavras mas existem outras, que merecem mais que uma legenda. Por tudo o que o momento proporcionou; por todo o preenchimento que surge por detrás dela - de umas cores (todas as cores). 

Alguma vez se sentiram em casa, longe dela? Ou que pelo menos, o sofá é uma longa estrada - e o conforto está igualmente presente? Já se sentiram amados por um todo e não pela unidade? No sentido de que não há ali nada além da tentativa de amar, de igual forma, de igual liberdade, igual - tudo. A música e os batuques; os encontros e desencontros - o crescer. Quem se põe à prova e quem já faz parte da casa - que no fundo, é de todos. E se eu tivesse inspirada - e se houvesse mais adjectivos bonitos no dicionário, este texto seria infinito e diga-se de passagem, maravilhoso. A inspiração ficou-se pelas ruas de Lisboa - juntamente com a reflexão permitida ao manifestar e ver os outros manifestarem-se. Ficou lá - nas bandeiras que se erguiam ao longo das passadas em rumo à questão da igualdade. Nada disto tem só a ver com uma questão de orientações. Felizmente, podem-se contar cada vez mais os casais heterossexuais que ali se apresentam numa mensagem de: também lutamos; somos parte do mesmo. Não tem a ver só com isso. É o não calar - não deixar andar só porque sim, só porque é uma luta demorada. Recordo-me quando se gritou pela legalização do casamento (check); recordo-me quando se pedia adopção (quase-check). Existe algo mais bonito do que estar viva em altura de revolta - de mudança de mentalidades? E quando se olha para trás na história e se valoriza e se presta homenagem aos lutadores - porque não sermos a história dos nossos filhos? Dos nossos netos? Sermos a história da igualdade; liberdade. A verdade é que ao ver, especificamente o grupo de mães e pais de pessoas LGBT, me deu uma vontade enorme de chorar de felicidade. Um dia posso não ser uma mãe - mas serei alguém que ajudará os mais novos; que marcará presença e vai relembrar-los de que não, não é só uma fase.

Não - pelas pessoas que morrem devido à homofobia. Não - pelas pessoas que se matam devido à transfobia e à dificuldade de recorrer a questões relacionadas com a identidade de género. A liberdade é uma guerra de todos - onde em vez de armas - as eternas cores do arco íris acabarão por vencer.  

"É o sistema do género formato - as mulheres são assim e os homens são assado!" - igualdade de género; liberdade de escolha; amor - muito amor é o que falta no sangue das pessoas.

Desculpem o incomodo - isto é a vossa revolução.


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