és-me os escombros - (fuga)

Imagino que as escassas horas voem – poderes inerentes da fusão entre coisas sem sentido – realmente, sem sentido. Deparo-me com as impossibilidades visíveis no fundo do meu (teu) corredor. As não concretizações idealizadas por rápidos segundos numa cabeça cansada; em horas que nem existem do outro lado do mundo – se é que existe outro lado do mundo. Sobre a forma de não variáveis; estagnação exigente de uma intervenção urgente – não pode passar deste amanhecer; (eventualmente – corro). Direcções opostas ao teu ar; caminhos projectados para os fracos – nunca tinha ponderado as impossibilidades que os padrões sociais me poderiam trazer de uma forma tão prática, tão bruta – com uma necessidade de intervenção tão sufocante.

É-me difícil digerir toda esta súbita necessidade da tua protecção em forma de conversa; o que houver – dá-me o que tiveres para mim – se por ventura não houver nada, vomito o associar de sinais que te fui recolhendo; lamento antecipar que me vou esconder nos escombros desta casa – prolongado os escassos metros de vontades de ti. 

(Porque é que não me olhas? – Não vou ser invasiva; não sou invasiva.)


Não te vou procurar numa tentativa de compreensão pressionada; não te vou – sequer – procurar, enquanto oportunidade de enlaces e toques que fazem explodir o Universo dentro de mim. Podia registar na pele – metaforicamente – o quão seria fácil dar-te coisas bonitas; o quão seria simples – mas são as realidades (e as liberdades - registei) de cada um. Dou-te segredos em olhares delineados nos amanhãs; dou-te mentiras em forma de apertos de mão – acreditando que chega; que é suficiente para não explodir. Entretanto – passo por ti e finjo que estou bem; entretanto – quase prefiro, não passar por ti – se não posso ser mais do que uma passagem conveniente.  

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