ponto final
Não sei onde estás;
Se a tua força te permitiu ultrapassar toda essa necessidade que tens como básica, de amar passados - sei que estou aqui. Reflectida em águas selvagens de um parque que ainda não visitei. Roupas bonitas para me ir ver mais logo; tardes comemorativas de regresso a mim, que sabem a morangos frescos, cor de sangue - cor de ti. Não existem mais possibilidades de amar erros repetidos em alturas que a cabeça - creio - não pensou. Só o agradecimento pela quase-oportunidade.
(ponto final na criatividade baseada num conjunto de vontades de te ter - )
Cheira-me a terra batida, como quando a chuva nos molha os pés e a casa é invadida por uma melancolia triste. Hoje não - hoje sou invadida por uma extrema necessidade de me olhar enquanto ser imperfeito - mas inteiro. Enquanto composição inacabada de mãos velhas, de pessoas sábias. Orquestras - ritos. Hoje sou ás de copas. Cartas jogadas numa mesa de quem se junta nas tardes de verão. Cadernos; histórias de amor pensadas por quem nunca teve ninguém. Não sou tua - (sou; mas não ajo como tal.) Sou minha incondicionalmente - consciente de tudo o que isso implica. Ser-se de nós próprios; amar-nos enquanto defeitos constantes que apenas o nosso Eu conhece. Monstros enclausurados na quantidade de segredos que fingimos desconhecer - personagens constantes na representação aos outros. Até quando? -
Descalço-me e corro nas relvas em que me viste. Livre - imperfeita. Descalço-me e procuro-me nos jardins de alguém cujo o presente mereça mais do que o que aquilo que um dia se foi - ou se pensou ser.
Se a tua força te permitiu ultrapassar toda essa necessidade que tens como básica, de amar passados - sei que estou aqui. Reflectida em águas selvagens de um parque que ainda não visitei. Roupas bonitas para me ir ver mais logo; tardes comemorativas de regresso a mim, que sabem a morangos frescos, cor de sangue - cor de ti. Não existem mais possibilidades de amar erros repetidos em alturas que a cabeça - creio - não pensou. Só o agradecimento pela quase-oportunidade.
(ponto final na criatividade baseada num conjunto de vontades de te ter - )
Cheira-me a terra batida, como quando a chuva nos molha os pés e a casa é invadida por uma melancolia triste. Hoje não - hoje sou invadida por uma extrema necessidade de me olhar enquanto ser imperfeito - mas inteiro. Enquanto composição inacabada de mãos velhas, de pessoas sábias. Orquestras - ritos. Hoje sou ás de copas. Cartas jogadas numa mesa de quem se junta nas tardes de verão. Cadernos; histórias de amor pensadas por quem nunca teve ninguém. Não sou tua - (sou; mas não ajo como tal.) Sou minha incondicionalmente - consciente de tudo o que isso implica. Ser-se de nós próprios; amar-nos enquanto defeitos constantes que apenas o nosso Eu conhece. Monstros enclausurados na quantidade de segredos que fingimos desconhecer - personagens constantes na representação aos outros. Até quando? -
Descalço-me e corro nas relvas em que me viste. Livre - imperfeita. Descalço-me e procuro-me nos jardins de alguém cujo o presente mereça mais do que o que aquilo que um dia se foi - ou se pensou ser.
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