rage more
Interrupções; falhas constantes da tentativa de uma
rivalidade. Não somos o mesmo; não somos fruto do mesmo. Eu – composta por toda
uma biblioteca perfumada e toda uma história digna da realeza. Realeza
oferecida em bandejas completas de chás e com cartões de citações de pessoas
grandes – que não roubavam os amores alheios. Pessoa – pessoas. Tu - oportunamente presa a condições que te são eventualmente, favoráveis. Moderadora omnipresente de felicidades que desconheces - puras. Falta de vida que acolhes no peito, desculpando-te nos erros terceiros. Como se o julgamento fosse sequer uma porta - como se a condenação fosse sequer uma dádiva.
Condenada à constante perturbação pelas sinas erradas e os arrependimentos
que pisas quando percebes que já não és – nem
existes – aqui. A alma curou-se; eu tenho o dom das palavras quando a
paixão me sufoca – quando a cobiça da minha paixão me sufoca. Hoje, parto os
pratos caros do enxoval planeado quando os cabelos ainda eram os meus. Deixo
lascas brancas de enfeites – remedos em tecidos que rasgas-te e desperdiças-te.
Fica (de novo) com a possibilidade de
massacre e de sufoco.
(E tu motivo de tanta
revolta arranca os frutos que carregas no peito e entrega-os a ela por medo; fraquesas. Sê rotas definidas não por ti
– voa em casas de tectos pequenos. Até quando? – )
As minhas malas estão feitas; - porque não entendo como se
ama alguém e só se lhe deseja os próprios sonhos. Egoísmo doente. Pelo menos ainda me tenho – ainda tenho as
minhas malas – feitas e cheias de mim. Enjoa-me a falta de amor-próprio; a
falta de amor pelos outros. A eterna necessidade de preenchimento alheio –
objectos sem valor de submissão;
-
quando é que as pessoas aprendem a amar-se a elas próprias?
"Paulie: - [brandishes sword] For my love." Lost and Delirious
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