férias de verão
(verão 2011)
Um ritual – dos poucos que não me
importo que seja tido como rotina, como certo. Os dias parecem iguais mas uma
magia que consigo antecipar. O meu coração entretanto entra em colapso com os
pensamentos e provocam uma extrema necessidade de ir – uma contagem decrescente
bonita, poética.
Acho que esta disciplina de fazer
as malas com a certeza de não haver necessidade de nada demasiado específico
sendo que cada acordar é quase tão livre quanto o meu espírito, é me tatuada na
pele. Encontrar a paz interior – e perde-la. Um equilíbrio quase perfeito – se não fossem os rastos de memórias que evito e
que são, inevitáveis. Gosto da conotação atribuída ao Verão; ao crescimento –
ao descanso pressuposto quando penso que vou – bem como uma agitação hipotética.
Perder-me nas poucas casas que
aconchegam as muitas pessoas que se encontram, anualmente, unicamente com o
intuito de levarem o peito cheio de sorrisos, para mais mil obrigações
necessárias por vivermos num sistema impiedoso.
Comentários