tons de ti

Inúmero a cegueira em que me invocas; 
Destruindo-te enquanto amante.
Madrugadas acesas -
Velas saturadas desta tua escassez.
Refúgios condenados a uma eternidade.
Cartas escritas em tom de suspense;
- Quem és tu e porque te escondes?

Desvendo-te; levanto o véu.
Descubro-te enquanto dança;
Essa melodia que me cantas -
Serpentes esfomeadas,
De dedos que pecam silenciosamente.


Fechas as precianas de uma vida
Guardas os lábios que foram teus -
Segredos em tom de fetiche.
Sacias a sede do amor,
Automutilações dedicadas.
Lavo-te os pés com olhos de quem te é -
Eventualmente – lavo-te a alma -
Embriaguez deduzida no desequilíbrio.
Ambas caímos –

Precipícios de quem não teme;
Suicídios projectados em poesia reles -
Mortes previstas aos olhos de quem se quer
(em segredo). 

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