veludos

Não consigo tornar todo este contorno que me engole em veludo tocável para te fazer a cama de lavado. Não sei onde me perdi – sei que não me encontro – se eventualmente me tivesses guardado num sítio seguro para quando me pudesses devolver, não haverem estragos. Sei lá, manda-me ao mar e espera que eu encontre uma ilha; um porto-seguro; oportunidades de fazer uma lista de desejos com um corpo mais físico do que os nossos – juntos. Sabes - se toda a água que bebo fosse tu; não chegariam todos os chafarizes onde te fiz parar; onde te quis molhar – para que sorrisses; para que tentasses não gostar de quando te testo – limites.


Se pelo menos acreditasses tanto quanto eu em sítios bonitos no mundo, com rastos de nós; não eram precisas ilhas – tinhas um bonita cama de veludo; um segredo guardado no meu peito e tinhas-me aqui – para ti.

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