vibes
Vou dançando pelos imprevistos
que me atravessam o caminho. Arranjo-me; penso ser uma estratégia inteligente
para defrontar os trilhos enxutos que me arranham as pernas nuas. Desenhando
imagens de felicidade no céu vivo que me pinta a paisagem, canto mantras de protecções.
Vibrações positivas que se instalam na minha bagagem e partem comigo – sigo caminho.
Toda esta roupa colorida reflecte-se no horizonte e sinto-me um todo e em
comunhão com a vida. Não existe nada mais sublime do que a capacidade de sorrir
perante paisagens amarelo-seco, o não nada, o não muito. Transformar estes escombros
em moitas de sumptuosas surpresas. Carrego na voz que expele ao ar suspiros de
libertação, a capacidade de transformar estas cicatrizes em dom, em corpos
desenhados com histórias óbvias de finais felizes – marcas marginalizadas em
corpos poéticos de pessoas que são arte. As nuvens dão lugar a um amarelo
intenso; ocupam-me pessoas que levo no pensamento, incertezas transformadas em
sabedorias – vou à minha descoberta nessa viagem infinda que é o mundo.
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