Vou-me perdendo nesse brilho que me encandeia os motivos que me fazem ser peregrina das emoções. Entrego-te as palavras como se de roupa se tratasse e sou constelações que te guiam a alma e te relembram de que não existe nada nesta minha vida que não esteja descoberto para que me possas ver; nua – tua. Sou-te os sons deste mundo que te vibram no peito de cada vez que a respiração falha. Insólita e inexplicável oferenda dos Deuses a quem descobre que nada é mais puro que o amor. Corto-me nestas vedações que se têm vindo a construir em torno do amor incomum e no meio desta anemia poética, relato-te a morte anunciada de um futuro que só não acontece por sermos ditados errantes de pessoas perdidas nesta ideia de natural. Ainda assim – brilho-te no céu. Ainda assim – remo contra a maré num esforço compensado pela certeza de ser corajosa num Universo de fracas pessoas empenhadas em beber oceanos, em vez de os navegar.  

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