Her (beautiful) sadness




Não é a chuva que te preenche a cara em forma de protesto e pretextos – não és se não cabelos quase loiros escondidos nas nuvens, não no Sol – nunca em ti. Não és se não o medo constante de tropeçar no teu próprio estado de espírito. Essa libertação que se assemelha a um abismo espelhado na falta de coragem de voar, enterra-te num buraco mais fundo do que o que tens escavado como refúgio – como contingência. Esses rituais de passagem em que te revês, hábito comum de acenar e fingir ser – esses rituais que te engolem numa cidade minúscula comparada a ti – destroem o resto em que te constróis.


Não é tudo - mas existem amanhãs cheios de pontes e facilidades; não é tudo - mas existe amor dentro de ti suficiente para alimentar todas essas poesias indecifráveis condecoradas - eternas. Não é tudo mas (silêncio)
és o maior exemplo de felicidade. Mapa óbvio para decifrar o que é ser-se bonito – genuinamente, bonito. Inveja-te quem não consegue transpirar tanta simplicidade assegurada por um fio ténue de magia (porque és mágica). Olhos que consomem mundos e que os transformam em não-palavras, camuflados por um ar de presa fácil – que é mentira. Sorrisos arquitectos dos meus mais recentes sonhos; capacidade inexplicável de permanecia no pensamento. Sei que não é tudo mas (suspiro) transformas-te todas estas pequenas moléculas, estritamente efeitos de uma anatomia semelhante a mil mais, em fragrâncias de impulso para a entrega; transformas-te todas as sinapses nervosas em composições e orquestras que produzem – dentro de mim – a mais pura das artes; a d’amar. E nesta noite fria – e que neste início de Dezembro, época em que te reacende o eflúvio a falta de ti, a rotina seja quebrada e que não se repita o não cheiro a magia – a ti. Nas minhas mãos tens o querer de reencontros com essa criança interior – a que me faz cócegas e se ri, como se não existisse nada além da magia de um sorrir. És sina traçada no momento, convenientemente, traços registados como uma identidade exclusiva e um renascimento induzido por quem já não sabe não seres superfície do Universo. Não é tudo - mas o teu reflexo canta-me sons provenientes da Fénix – e renasces; cada vez mais bonita, cada vez mais forte, cada vez mais tu. Só te faltam as asas – porque o quente do fogo, já o carregas no peito. (raptor – raptor.)    

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