Simbolicamente - Armários


Come and take a walk on the wild side
Choose your last words/This is the last time/Cause You and I/We were born to die

São gritos secos que rompem o resto das cordas vocais e a voz é partida em cristais que mutilam corpos de outros – guerreiros. São sussurros pendurados como a roupa e abandonados à espera que o Sol traga iluminação, que enchem o peito para afirmar vitórias onde nem a figuração lhes foi apelido.  O que resta aos que as asas não permitem voar, por existirem princípios bonitos de liberdade – é a história e o que fica ditado nela; memórias de pessoas Grandes. Os caminhos que cruzo nas estradas onde o trânsito é palco e o anonimato é protagonista, ensinam-me a verdade sobre esses armários e os (não) esqueletos dentro deles. Um cheiro que escarnece intimidado pela presença convicta de mentiras. Entretanto – enquanto uns brincam aos pais e às mães – outros são balas no peito inevitáveis; propositadas – gritos cheios de quereres desesperados atacados por olhos de quem não entende o que é amar – e os outros; os que fingem, os que têm medo de si mesmos e nos algemam a regras impostas pela falta de Si; pela falta de amor-próprio.
Plateia expectante pela conquista de direitos de Pessoas mas que vive na sombra dos outros – de guerras alheias das quais fogem; depois só existe a crítica, a incapacidade de humildade e uma inveja extrema por quem está confortável fora das gavetas convenientes, dos armários que são armaduras – calçando os próprios sapatos. O presente é um pedaço de nada no que é uma vida; uma vida é uma partícula no que são todas as vidas. Vou-me contentando com a ideia de ser corpo e alma em tudo o que construo; vou-me envergonhando com a falta de Pessoas no meio de tanta gente. 

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