Do latim: ignorantĭa






Fecho as portas a possibilidades de mais visitas indesejadas. Tranco-a; zelo-a. Tranco-me e zelo-me. Afasto-me do medo inato da solidão aquando a incapacidade de lidar com a ignorância alheia – nunca confundida com a falta do saber. Observo a forma como ela dança nos corpos que não se dão ao manifesto e como me manifesto com repulsa quando penetrada involuntariamente por ela. Violação cultural – violação do saber. Um estatuto assegurado por uma faixa etária em ascensão. Lamentavelmente, a minha mutilação caracteriza-se pelo auto anteriormente. A necessidade de parecer minimamente bem perante alheixs; ridicularizar as minhas ideologias em prol de um sorriso forçado nas passagens breves desses dias obrigados.

Com garfo e faca devoro-xs; alimentando-me do saber escondido nessas folhas de curiosxs como eu; como quem não é massa – sistema. Relembro a infância, em que a ignorância era impingida e os princípios forçados. Uma tristeza invade a pureza dos Seres; questiono a minha sanidade e a permanência desta numa casa que não é lar; com pessoas que não são instrução – enriquecimento pessoal. O meu corpo pára a dança – desliga o rádio e decide que já não é divertido fazer parte desta festa.
   
Não valorizada – viro as costas a essa falta de liderança de própria cultura - encontro portas não-zeladas; não trancadas. Portas de pessoas que são Pessoas, cuja experiência de vida se baseia em mais que a provocação constante e os julgamentos iminentes. Submundos emergentes da necessidade de combate assíduo. Encontro uma serenidade genuína nos corpos que não se acham – que só se encontram.  

Amplius juvat virtus, quam multitudo.

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