revólver.

Hoje senti de novo o sabor amargo da incerteza, tristeza e esses pressupostos de uma desilusão assente no testamento superior. Complexos imundos de não complexos e anexos cheios de advertências e politiquices hipócritas. O medo insensato da má leitura da minha língua nesta linguagem que não se saboreia. Que se cospe – que não se quer. Salivas gastas na falta de gestos possíveis e/ou canções tocáveis nas peles de galinha. O sabor a ferro que te enche o paladar enquanto a minha sede de sangue me suga a capacidade de te saber viver. Armas abaixo; bandeira ao alto – uma paz não declarada; uma guerra (nunca) proclamada. Poemas fáceis na experiência de laboratórios dos corações. Alergias iminentes e mortes românticas nestes papéis bonitos - máscaras caiam; força ao alto.

Sonho (te) e pinto (te) – errada e errante; deserta de acreditar que eras tais Primaveras confusas nestes Invernos atrapalhados. Sonhei (te) e pintei (te) quando ainda não eras tempestade no peito e o pranto de um Outono à pressa.


Fica o bom – fica o silêncio nu e a certeza crua; balas espalhadas no chão que se une. Marcas de guerra de tiros não certeiros e batalhas onde ninguém venceu. Cicatrizes visíveis na pele que me veste e as outras – as que não vês; por ser fácil sorrir contigo. Fica um ponto final onde balançavam as vírgulas; fica uma gramática suja no lugar de uma poesia bonita – imaginada e recitada no canto dos Deuses – no alto d’Céu. Vendam-se os olhos e puxa-se o gatilho. O tiro passou-me ao lado. 

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