Not insane
Obstáculos
inferiores às infracções constantes enquanto ser-humano. Viajo e viajo-te subtilmente.
Figurante no enredo vou desconstruindo os planos infantis. Deixei de saber como
te chamas ou como te chamam e adquiri uma espécie a espécie a ti. Transtornada
e irrequieta – transformo a inquietude em revoluções emocionais constantes. Só
te lembro de noite e em noites, vagamente. Desamarrando os nós entrelaçados no
peito pela falta de te falar coisas que já nem me lembro que te escrevi.
Sempre
com uma postura irreverente e uma vontade escassa de pertencer a memórias que
já lá vão – sigo-te devagar sem quereres além do querer saber de ti. Nunca (te)
quis; nunca quis recomeçar uma história fantasiada pela ingenuidade assente na
idade de leite – deleite.
A
minha felicidade genuína amarra-me a este presente maravilhoso e a uma
aquisição de personalidade suficientemente bonita para que possa ser chamada d’agora;
d’Vida. Talvez por isso não te abrace nem te procure a não ser nos confins de
uma névoa de realidade.
Acho
que ainda não é uma carta de despedida destes fatos que não são factos nem
destas vontades que não são se não passageiras; é só mais uma tentativa falhada
de te traduzir em amarelo e branco. Em letras confusas de noites que me cansam.
Enquanto isso – a tua vida desenrola-se por debaixo da tua capacidade de
ultrapassar cada projecto com facilidade. Não sei mais como te chamas – nem como
te chamam. Possivelmente – sempre te imaginei.
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