happy hour de amores!


encontrar, renovar, vou fugir ou repetir

Somos utopias – aqueles que se libertam dos paradigmas e resolvem descobrir o mundo, explorar países, encontrar possibilidades e desvendar outras formas de amar. Linguagens corporais, emocionais, não linguagens. Jardins vazios de florestação genuína. Utopias. Bar aberto de sentimentos que não se aprendem em nenhuma dessas disciplinas essenciais e obrigatórias. Formas exclusivas de ver o amor num mundo em que nada é exclusivo a não ser: - nós próprios.

Sinto o mar nos pés, descalça – ingénua e intacta. Reaprendo-me reaprendendo todos os ensinamentos transcritos ou nunca transcritos das literaturas que nunca foram best sellers. Invado a cabeça com os pressupostos associados a quem tem o coração infestado. São pragas; são sinas; são destinos mal traçados de pessoas que não acreditam em linhas de mãos que se apagam – que se definem. (Mas não.) São dádivas; são multiplicações; são possibilidades difíceis – bonitas. Julgamentos interiores e exteriores de quem não percebe que não somos números, que não somos se não pó de fadas limitado.

Descrevo todo este processo difícil com metáforas e enfrento a ignorância com a certeza de uma felicidade genuína. Abro o peito – rasgo o peito; colo pedacinhos brilhantes e recrio um novo. Limpo e puro – livre de qualquer aprendizagem exacta e chata de como se deve amar. Entrego as vestes que me cobriam o horizonte a fogueiras de opressões; baldes de água fria. Entrego-me sem vestes a um mundo que é meu antes de ser d’alguém e amo – uma, duas ou três vezes.

Estas músicas padronizadas; esta sociedade mecanizada – aborrece-me. Defino o meu caminho com jasmim espalhado no chão; com Pessoas (todas as que o meu peito acolhe) pela mão. Ainda dói – acho que é a explosão de possibilidades a querer ser vomitada rapidamente. Sou perturbações sujeitas a sentenças de pessoas que nunca sorriram para um espelho; que nunca se despiram no mar; que não têm se não burcas nos armários metafóricos em que vivem.

a vida, em mim é sempre uma certeza / que nasce da minha riqueza / do meu prazer em descobrir


Vou viver, até quando eu não sei - mas com a certeza de que os caminhos são muito mais do que aqueles que vejo nestes mapas fáceis de atalhos para a melancolia e a frustração. Navios cheios, malas à porta – os descobrimentos não foram senão inícios. Porque é que agimos como se não houvesse nada mais para explorar? Roupas velhas e poesias baratas – cabos com Adamastores não são se não dias infinitos exposta a reprovações. A bagagem está completa e não adivinho tempestades. Constelações espelhadas agora no meu céu; Amores enormes que se unem, que se multiplicam – que não se substituem. Telas repintadas de cores efémeras; como nós – passageiros. 

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