Sunsets
Way out in the water See it swimmin'
Todas as voltas que a vida dá são de certo programadas premeditadamente de forma a que o nosso Universo colida com outro e exista uma explosão de vidas - inspirações. Perdi a vontade de agarrar os momentos, ainda que passageiros e fazer deles bonitos e úteis. As circunstâncias são escassas e o meu vocabulário impreciso. Tento o meu melhor mas os lanches não têm doces e os almoços não têm luz. Falta-nos sal. Falta-nos especiarias nas relações que permanecem. Amanhecemos. Amadurecemos. Somos exactos. Exactamente hipócritas.
Sei que me faltam opções e argumentos - sei que não sou suficientemente transparente para ser óbvia a minha (não) intenção. Pode ser para já - gritem, que pode ser para já. Mas todas as minhas histórias de amor foram textos escritos apressadamente, sobre pessoas que nunca mais me foram dias cheios.
Quase que me faltam palavras e saudades do que nunca tive. Idealizo todas as possibilidades para que as manhãs sejam mais poéticas. Para que a vida não seja tão básica. Nunca entendi o mal de amar o nada. Os nadas. Agarrar o que não existe para preencher o que devia existir. Entro em protesto e faço greve de amor - de fome d'amar. Simultaneamente, descubro debaixo das luzes que me servem de estrada o único pôr de Sol que me apetecer abraçar. Mesmo que o Sol esteja longe demais para o conseguir acompanhar - escrevo sobre Ele. Escrevo sobre Ela.
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