Leveza

Que todas as ironias fossem passageiras e que todos os destinos nos fossem possíveis. Mais difícil que aceitar a liberdade de cada Pessoa, é querer agarrar nessa liberdade e fazer dela uma constelação - nossa. Acho que fiz uma valsa ao som do teu inicio -. Uma valsa onde os pés tropeçam. Onde os vestidos se cruzam. Uma valsa que não tem fim por ninguém estar afim de fazer dela, banda sonora. Desisti de escrever músicas; vestidos que se cruzam; pés que tropeçam.  

A realidade que nos aproximou foi a mesma que me educou - me instruiu, sobre a vontade de outres; foi a que me ensinou que não existe orquestra se nem todes quiserem fazer parte dela. Se os palcos se afastam. Se ninguém lê notas; e os instrumentos somos nós.  

Que todas as ironias fossem passageiras e que todos os destinos nos fossem possíveis. As palavras se são para ti, sabem sempre a doce. A suave. Parece que te escrevo penas e pássaros. Liberdades. Leveza. Depois o riso que se propaga no resto do espaço. O espaço que ocupa o resto do Mundo. Subitamente, toda uma necessidade de seres física; de seres um cheiro; várias cores. Subitamente, toda uma necessidade de que as Pessoas fossem só Pessoas na hora de se aproximarem. Sem pressupostos ou supostos concretizáveis. Que todos os medos do que nos distingue, fossem pensamentos passageiros, ligeiros.  

Agora imagino-te; em forma de palavras. Em frases rápidas que soam a falta de mais. Parece que não existem outras formas de descrever o óbvio; ficam suspiros. Ficam imagens ilustrativas do quão suave me fazes parecer.  

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