Placebo effect

De todas as formas de arte, encontro-me em cada detalhe teu. Não existem se não almas gémeas. Somos a forma mais platônica de se ser. De cada vez que imagino encontros - confundo-os com reencontros. Como se te soubesse. Como se te ouvisse - mais. Perco-me nos labirintos das criações das tuas mãos. És o mais perto de Deus. O mais perto de Céu.  

Começando a partir do fim - começando na impossibilidade de algum dia nos lançarmos. Entrelaçarmos. Todos os arrepios de pisar o mesmo chão e todos os suspiros de não me seres se não uma exclusiva emoção. Um amor platônico.  

Ages e reages - existes num mundo que me é tão distante quanto é possível. Não existe espaço para erros. Make no mistake. Olha-me nos olhos; diz-me tudo isso outra vez. Tudo o que as barreiras nunca vão permitir. Somos opostos; que se uniam se não fosses uma identidade imortal. Imoral. Nunca me vês. Nunca me ouves.  

Na pureza de cada manhã; nas drogas que alucinam; nos vícios que chocam e na postura nunca binária. És o que tenho mais próximo de eternidade.