Um traço.
Só te aprendo no meio desta confusão. Trazes a calma; e o resto. Parece que não vou saber sobreviver. As palavras começam a faltar. Nunca podem faltar. Sufoco-me, delicadamente. Sufocam-me. Todos os nós e os dós - e o dó de quem não sabe amar. Todo o Sol e o sol das músicas que te falam por mim. Sinto uma explosão e acabo a ser, contigo, teorias do Universo.
Uma matemática não exacta no meio da ciência; átomos. Hormonas que reflectem o que a respiração não diz. Arte abstracta no meio da matemática nunca exacta. Uma mistura - uma confusão. Dois paradoxos. Muitas metáforas. O caminho parece-me óbvio e a vontade de ti, concreta. Dás forma aos quadros que nunca pintei. Se pelo menos conseguisses tocar-me com os olhos; agarrar-me a mão. Se pelo menos fosses recordações de cheiros nas minhas roupas favoritas. Vais sendo. Vamos sendo.
Escrevo-te coisas bonitas que só assim parecem a quem te vê. E quem te vê; carrega-te no peito. Foge contigo para longe. Sempre que me foges. As noites em que só és pensamentos. As noites em que queria, desesperadamente, que fosses risos. Não nos sabia enquanto romance. Ou pelo menos, não me sabia enquanto encantada.
Sei que são escassos os minutos até ires; novamente. Repetem-se as palavras. Ficam os silêncios de mais. Sei que amanhã - és novamente dia. Queria. Queria-te. Até seres simultaneamente anoitecer. Amanhecer. Queria-te - da maneira não possessiva e mais profunda, de se querer gostar d'alguém.
Comentários