Tragédia de quem ama.
Conheces o cheiro da relva;
O amor em abundância.
Descalça de preconceitos
Despida de arrogância
Sou a voz do teu ventre
O que não se sente.
O sopro no peito.
Uma ingenuidade que é quente.
Uma hipérbole rasgada
Uma metáfora que sufoca
Erros ortográficos.
Uma passividade que provoca.
Amantes de eleição
Restos de mim
Seios de quem amou
Promiscuidade no teu chão.
Sou o cheiro da relva.
O ácido da tua partida.
Sou a tristeza de ser criança
O arrependimento de ser vida.
E na composição que és tu
Falho as notas da liberdade
Visto-me sem escrúpulos
Vomito a minha dignidade.
Amo, eternamente
Esqueço-me de Ser
A tragédia de quem ama
A leveza de morrer.
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