em vitrine.



Tens em cada sarda, em cada detalhe teu - o dom do amor. Quando os abraços não me são casa e quando ser casa é o silêncio - transformas a definição de conforto. Os teus abraços são casa e a tua voz faz-me feliz. Depois de todas as fases e todas as faces de nós; fica o amor em vitrine. Emoldurado. O que foi dito e o que ficou por dizer. O que se verbalizou e o que o nosso corpo contou em segredo. Palavras sagradas. Sagrados os sentimentos. Nós - em vitrine. Somos a concretização de pequenos projetos que nos abafam e nos engolem. Como se a vida fosse um bolha de infinitas possibilidades e nos levasse a explorar todos os Universos do amor.  

Dá-me o que é teu. Excluindo todos os pressupostos e o politicamente correto das regras de amar. Dá-me o que é teu. Sejamos, em bruto, a construção divina que de divina só tem a esperança. Que de mágica só tem o destino. Contornando as adversidades e rasgando os retratos que ficam de memórias de quase para sempre(s) falhados. Reinventando a ideia de eternidade e reconstruindo termos que se aplicam a quem acredita que mais do que impulsos - amar é um esforço mútuo. Recompensas. Somos ferramentas de romances e fins de tarde a sós. É encontrar pormenores teus (vossos) nas descrições dos meus dias.   

Na capacidade de multiplicar o amor, escrevo cartas que só podem ser lidas por quem não sabe se não gostar. Ando perdida de braço dado com os dias que faltam - que vão sempre faltar - para te ter no meu berço em vitrine. Emoldurar a reconstrução da felicidade e reinventar a eternidade é olhar para o lado e ter as duas fases - faces, de quem amo. Somos a loucura; a soma da revolta individual que resulta na criação de partilhas enormes. Resulta em para sempre(s) sóbrios. Lúcidos. Sobretudo, concretizáveis. 

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