Alecrim
Sou um clichê. Primaveras. Músicas de quem gosta e de quem quer ficar. Sou um romântico clichê. Não consigo viver amores sem poesia constante e não te consigo viver a ti sem tudo isso. Clichês. Nem quero. Não quero ser sem ser por inteiro.
Tenho (te) conhecido sorrisos e brilhos. Tenho conhecido o meu estômago inquieto na tua presença. Vais sendo música pesada e não. Outras. Instrumentos nossos, que sabem a casa. Música cheia de contradições que combinam. Como quem gosta. Como quem fica.
As tuas inseguranças relembram-me do quão pessoa és. Que não é miragem. Só viagem. Viagens. Vou ficando. Florista de bairro onde o fado és tu, dou os bons dias a todos os que me falam de amor. Um galão. Uma torrada. Uma lembrança de ti. Memórias fáceis que se repetem. Onde a calçada te rouba os passos e amores te roubam beijos, registo-te por fim – fado improvisado. Sou florista de bairro e ofereço sorrisos a quem fala para mim: brilham-te os olhos. O ambiente? Gaitas. Alecrim.
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