Uma surpresa que vos trago
Decidi escrever tudo isto em português, por ser também
esta uma surpresa muito portuguesa. Comecei um livro há três anos – sim, três
anos. Acabei por evitá-lo imensas vezes, foram muitas as temporadas em que
inclusive não sabia onde o tinha guardado. Era bonito dizer-vos que o tenho
pronto, que está quase aí, para ser lido. Não é essa a novidade ou a surpresa,
no entanto, está a ter um avanço muito bonito. Estou super empenhada em terminá-lo.
Envolvi-me agora nesta história como nunca me envolvi em nenhum dos meus livros
anteriores. Isso não torna esta etapa melhor do que as anteriores, mas torna a
experiência diferente. Quando colocamos tanto de nós em letras, em afirmações, em argumentos, estamos também a permitir que o que existe de mais vulnerável em nós fique exposto. Um sinal de bravura e ingenuidade.
Estou na fase final da minha licenciatura, trabalho num
restaurante o tempo que tenho livre, este está a ser um dos capítulos mais
preenchidos que vivi. Foi nessa pressa, nesses tropeçares do tempo, que
encontrei inspiração para me ocupar ainda mais – controverso, ahn?
Gostava de vos falar mais do que tem acontecido durante o
meu percurso, tanto profissional como pessoal, mas a maturidade do tempo também
me trouxe a necessidade de manter para mim muitos dos detalhes. Esperar pelos
momentos certos, as alturas indicadas e preservar, com cuidado, o melhor e o
pior do Universo.
Quero, no entanto, contar-vos o que tenciono fazer a curto
prazo. Vou começar a partilhar pedacinhos deste quase-livro, frases, parágrafos
ou mesmo ideias soltas, colar-vos a mim numa viagem muito emocional, mas também
muito entusiasmante. Peço a todas as pessoas que gostam de me ler, que me
ajudem a partilhar estes pedaços que andaram por aí, nas redes sociais. Existe
algo de muito humilde no pedir ajuda – concretizarmos os nossos objectivos e os
nossos sonhos é sabermos também admitir não o sabermos fazer sem ajuda do que
nos rodeia. Talvez por isso seja tão grata desta vida que vivo e de tudo o que
me rodeia.
Um abracinho, para já, em forma de não ficção.

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