As palavras não se esgotam, nem quando os sentimentos nos sufocam e prendem o ar - as palavras não se esgotam. Acrescentasse e acrescentamo(nos) e pedaços de dor que sabemos que existe - não ali, agora ali.
Os lençóis não voltam a ser usados e o coração é desfeito, só de reviver (quando reviver devia ser digno de um sorriso, de uma vontade profunda posta em prática, como saudável que é.)
- Faz parte, não chores, tudo faz parte! - mas o que é que faz parte? A perda, ela também é bonita. Haver perda pressupõe a que houve algo nosso, que sentimos que foi nosso eventualmente. Não é frio como o Inverno não chorar - nem rejeitar o luto.

Visto o meu melhor vestido - branco - enfeito o cabelo com uma trança, em homenagem aos seus longos cabelos, e sei que reviverei os nossos lanches e a sua sabedoria - genuína! É a experiência de vida, já lhe agradeci? Por haver uma vida que pressupôs também ela a uma morte? Obrigada vida.

Quando me perguntarem por si, afirmarei que foi a mulher mais forte que algum dia conheci, e que suspirou - que o suspiro a levou para onde merece estar, depois de uma vida preenchida, que venha um descanso merecido e bonito, como os seus olhos verdes e as rugas imortais.

Comentários

Alexandre. disse…
já comecei a ler o teu livro querida, mas ainda vou no primeiro capítulo. comecei à pouco, :3
Daniela Teixeira disse…
Está fantástico. É absoulutamente impossível descrever a forma como escreves. Escreves com alma. Com muita alma! Escreves com tudo o que tens, e até com o que não tens. Terás um grande futuro se te aliares sempre á literatura. Parabéns Marta!
Anónimo disse…
As palavras... Gosto quando falas de palavras. Também gosto quando falas de pessoas. Acho que simplesmente gosto de quando falas. Falas tão bem, cada vez melhor.
Um beijinho,
Janine

Mensagens populares deste blogue

sobriedade.

Women's Strike (Again!)

Seeling Used Underwear Online (Interview)